Uma das alternativas abaixo constitui continuação do excerto de Berman acima transcrito. A coerência com o exposto no texto permite dizer que o período que dá continuidade correta ao fragmento é:
a) Une de tal forma que adquire o perfil de seio acolhedor de tudo e de todos, ventre onde a segurança do homem nunca é posta em risco, a não ser, evidentemente, naquele momento fatal, único, em que cada um assume a eterna solidão.
b) Trata-se, na verdade, de uma coesão incomum, jamais experimentada pela espécie humana: a unidade moderna aproxima raças, religiões, ideologias, em nome de um compartilhamento ambiental que dissipa toda e qualquer contingência.
c) Porém, é uma unidade paradoxal, uma unidade de desunidade: ela nos despeja a todos num turbilhão de permanente desintegração e mudança, de luta e contradição, de ambigüidade e angústia.
d) É, de certo modo, perversa essa modernidade, na medida em que, assegurando a todos tudo aquilo que o homem comum almeja − poder, alegria, crescimento pessoal etc.− acaba por isolá-lo no labirinto que ela própria, a modernidade, construiu.
e) Mas, antes que seja entendida de maneira errônea, é necessário assinalar que essa união aparenta ser contraditória: o poder que ela afiança, gerador do êxito de homens e mulheres de tantas raças, credos e ideologias, desemboca numa estabilidade que se traduz em apatia.